GESTORAS FUNDADORAS
CLARISSA XIMENES
[São Paulo, 1989]
Curadora, produtora e pesquisadora, Clarissa é pós-graduada Gestão em poéticas contemporâneas: Da ampliação do repertório à formação de equipes colaborativas (Itaú Cultural, 2020), em Produção Cultural (CELACC/USP, 2015) e formada em licenciatura e bacharelado em Artes Visuais na UNESP (2013). Além do BANANAL, Clarissa é curadora de programação na Pinacoteca de São Paulo desde 2023. Entre 2017 e 2022 trabalhou como curadora assistente da Associação Cultural Videobrasil, onde integrou a equipe curatorial da 20˚ e 21˚ Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, além de inúmeras programações internacionais e nacionais (exposições, residências artísticas, cursos, entre outros) para a Associação. Desde 2015 trabalha como freelancer em curadoria e produção para diversas instituições e projetos, destacando-se colaborações com a Casa do Povo (2021), Associação Casa Azul / FLIP (2020, 2021, 2022), Sesc Pompéia (2018), Vila-Itororó (2017), Fundação Bienal de São Paulo (2016). Paralelamente, desenvolve seu trabalho autoral com o Coletivo Foi à Feira, pesquisando e propondo ações e projetos que atuem nas interseções entre artes visuais, memória e cidade.
ARTISTAS FUNDADORES
BRUNA AMARO
[São Paulo, 1988]
Amaro é artista visual, performer e pesquisadora, mestra em Estética e História da Arte pela USP e graduada em Artes Visuais pela UNESP. Seus trabalhos abordam uma combinação entre pesquisas acadêmicas e temas relacionados ao carnaval, às religiosidades e à violência de gênero. A partir destes, sua produção vem refletindo sobre o fazer têxtil e a reprodução de imagens com o uso das materialidades e das manualidades carnavalescas. Entre suas principais exposições estão a sua individual "Ninguém me pediu para fazer isso", Bananal (São Paulo, 2022) e as coletivas "28º Salão de Artes Visuais de Vinhedo" (Vinhedo, 2022); “19º Programa de Exposições” e “46º SARP - Salão de Artes Nacional e Contemporâneo de Ribeirão Preto”, do MARP (Ribeirão Preto, 2022); “ESCAPAMENTOS”, Bananal (São Paulo, 2021); “MITA: Cosmologias da Diversidade” (São Paulo, 2021); “Ninguém vai tombar nossa bandeira” (São Paulo, 2021); “A noite não adormecerá jamais nos olhos nossos”, Baró Galeria (São Paulo, 2019); “Tempo Fim”, Sesc Ipiranga (São Paulo, 2019); “Baile da Aurora Sincera”, Solar dos Abacaxis (Rio de Janeiro, 2019); e “Unidos da Barra Funda”, Olhão Arte (São Paulo, 2018). Destacam-se também a performance e instalação “Lavagem/Ablution” realizada no Bouge B Festival, Antuérpia (Bélgica, 2018); o projeto “Maneater” realizado durante residência artística na Bethany Arts Community, Ossining/EUA (2019); e a performance e exposição individual AS PAPANGUS, realizada em São Paulo/SP e em Berlin, no Oyoun Kultur NeuDenken gUG, Alemanha, nos meses de abril e maio de 2022.
JULIA CONTREIRAS
[São Paulo, 1990]
Atua como artista designer e arte-educadora, é mestra em Design na área de experimentação gráfica pela FAU/USP (2019), onde também graduou-se em Design (2015), além de ter formação complementar em gravura em diversos cursos livres. Explora possibilidades de deslocamentos da matriz de seu lugar de origem por meio da investigação das formas do corpo como imagem impressa. Desde 2016 desenvolve atividades educativas e práticas em instituições e ateliês como Museu da Língua Portuguesa, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Lugar de Ler e Bananal. Participou de exposições com seu trabalho autoral em gravura, onde explora a figura do corpo como processos de auto-reconhecimento, destacam-se "Gravadas no Corpo", Bananal (São Paulo, 2024) , "Radar Arte", (São Paulo, 2024); "Diorama", Bananal (São Paulo, 2023); "E se nada Houvesse entre nós", Bananal (São Paulo, 2022); “Câmbio-Gráfico” (São Paulo, 2021), Museu Casa da Xilogravura (São Paulo, 2022), “Escapamentos”, Bananal (São Paulo, 2021), e “Impressões Urbanas”, Galeria Ocuparte, (São Paulo, 2017). Como designer desenvolve trabalhos em design editorial como autônoma para ONG’s, editoras independentes e coletivos, também tendo atuado em instituições culturais, como a Associação Cultural Videobrasil (2019-2024) e o Arquivo Histórico Municipal (2021-2022). Atualmente, integra o coletivo de artistas do Bananal Arte e Cultura Contemporânea, onde compartilha o ateliê e colabora com atividades educativas e culturais.
CARMEN GARCIA
[São Paulo, 1989]
Artista visual e educadora, Carmen é mestra em Artes Visuais pela UNESP, onde também se graduou. Sua pesquisa se baseia em destrinchar e explorar as fronteiras entre idiomas, suportes, palavra e imagem. As palavras que fazem parte do seu trabalho saem do papel para serem observadas como matéria, tomando forma com o uso de impressão em papel, objetos, instalações, pintura, vídeo e áudio. Em seus poemas e trabalhos visuais reapresenta a linguagem cotidiana com um olhar desconfiado, desviando a palavra para a poesia antes que ela chegue ao seu significado comum. É autora do livro Poema é quando a língua lambe lançado em Lisboa (2022), tem poemas visuais publicados em revistas de poesia experimental como Artéria (n11, 2016) e Ctrl+ Verso (n1, 2017), além de ter sido co-editora do livro Antologia Trans (Invisíveis Produções, 2017) e “Dicionário das Palavras da Minha Casa” (em parceria com o Museu da Língua Portuguesa, 2022). Em 2022 abriu sua primeira mostra individual A mesma coisa com outro nome é outra coisa no BANANAL, com curadoria de Julia Cavazzini. Nos últimos anos participou das exposições coletivas Escapamentos, Bananal (São Paulo, 2021), Seamos Radicales,Universidad de Jaén (Espanha, 2021), Fiesta Yo Veo, Facultad de Tecnologia de Pereira (Colômbia, 2020), Finart – Festival Internacional de Artes Gráficas, na Faculdade Santa Marcelina (São Paulo, 2019), Via Aérea, Sesc Belenzinho (São Paulo, 2018), CTRL + Verso, Casa das Rosas (São Paulo, 2017). Atualmente está em residência na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa.
GABRIEL URASAKI
[São Paulo, 1985]
Artista, artesão e colecionador de ofícios, Urasaki é mestrando em Artes Visuais, na linha de pesquisa de Práticas e Procedimentos Artísticos, pelo Instituto de Artes da UNESP, onde também se graduou (2013). Sua produção reflete seu especial interesse pela transformação de espaços em temporalidades habitáveis, onde realiza experimentações que conjugam a performatividade dos fazeres artísticos, da construção de estruturas arquitetônicas à intervenções na paisagem, investigando os impactos na percepção, nas dinâmicas cotidianas e nos modos de habitar. Desde 2009 trabalha nas áreas de cenografia e cenotecnia para teatro, publicidade e eventos em montagem de exposições, com prática em uma ampla gama de materiais e técnicas, também aplicada à criação de mobiliário autoral e objetos utilitários e decorativos. Fez parte da equipe organizacional do sítio / laboratório de permacultura Jalam das Águas (Benevides, PA, 2014-2015) trabalhando no desenvolvimento de projetos de bio construção e artes através de técnicas e tecnologias sustentáveis. Participou das residências do L.O.T.E na Serrinha (Bragança Paulista, 2012, 2013 e 2017) e na Fundação Marcos Amaro (Itú, 2016); da Residência das Plantas na Silo Arte Latitude Rural (Serrinha do Alambari, RJ, 2022); e da Residência no JACA (Belo Horizonte, 2013). Participou das exposições ]ENTRE[ - Mostra de Intercâmbio Independente, Galeria Alcindo Moreira Filho (São Paulo, 2011); Arte-Vivência, Galeria Alcindo Moreira Filho (São Paulo, 2017); Escapamentos, BANANAL (São Paulo, 2021); Abre a rodinha, meu amor, Ateliê 397 (São Paulo, 2022).
MÔNICA CHAN
[Sorocaba, 1991]
Eu guardo muitas coisas. Meus processos são demorados e dependem do descanso dessas coisas. Tenho comigo objetos e materiais que venho coletando há mais de dez anos. Carrego meus acúmulos a cada mudança, revendo o que ainda quero guardar e o que já não faz sentido, sempre recolhendo mais coisas que me tocam, que atravessam meu olhar. São fragmentos de móveis, objetos do quotidiano, caixas, retalhos de madeira e objetos diversos com uma coisa em comum: a aparência nítida ou simplesmente uma aura de já terem sido usados, que emanem a passagem do tempo, com um peso de muitas memórias. Produzo meus trabalhos a partir desses acúmulos. Decido reusar um objeto depois de carregá-lo por muito tempo. Com ele materializo coisas onde sobreponho outros elementos, lembranças, imagens e sensações. Apesar de apresentarem muita materialidade, o que acontece nos trabalhos nem sempre é nítido, palpável, físico. Diante deles a visão turva, se estica eternamente, buscando um pouso estável na vastidão. As coisas que faço não falam de nada importante para o mundo, falam apenas de coisas que me acontecem. São traduções de imagens mentais, memórias e devaneios. Tenho trabalhado assim, lentamente, tateando na imensidão de mim mesma.
17º salão nacional de arte contemporanea de artes visuais de Guarulhos- 2021 ; Aurora Imprevisível - 2022, FAMA museu, Itu. (exposição coletiva contemplada no Proac Artes Visuais 2021); 22º Salão de artes visuais de Vinhedo- prêmio aquisitivo- 2022
LUIS FILIPE PORTO
[Vila Nova do Imigrante, 1991]
Artista, educador e amante da natureza, nasceu e viveu grande parte da vida em Venda Nova do Imigrante, pequena cidade serrana do interior do Espírito Santo. Graduado em Artes Visuais pela UFES, compôs a equipe educativa de instituições como Museu de Arte do Espírito Santo, Instituto Tomie Ohtake, Sesc Pompéia, Sesc Sorocaba e Bienal Internacional de Arquitetura. De 2016 a 2018 esteve à frente das ações educativas da Associação Cultural Videobrasil e, atualmente, desenvolve formações de educadores e supervisores em diversas instituições culturais. Coordena, desde 2019, o Programa Educativo da Flip - Festa Literária Internacional de Paraty, sendo responsável pela gestão da Biblioteca Comunitária Casa Azul, pela realização da Flipinha e da FlipZona, além de outros projetos pontuais da instituição. Enquanto artista, seus procedimentos tratam de um espaço particular, utópico, que reconstrói uma paisagem afetiva de sua memória a partir de referências a elementos naturais e simbólicos de seu ambiente de origem. Com seu trabalho autoral, participou de exposições no Brasil, Portugal e França. Integra o Coletivo Foi à Feira e se articula em rede com diversos artistas por meio do Bananal, espaço de arte e cultura contemporânea. Vive entre Vitória e São Paulo.